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dezembro 09, 2009

10 tendências para a Web em 2010 

Num artigo para a CNN.com, Pete Cashmore (CEO da Mashable) identifica 10 tendências para a Web (social) em 2010 que aqui se adaptam, interpretam e se discutem:


1. Importância acrescida do tempo real

Esta tendência é alimentada por serviços como o Twitter, o Facebook e o FriendFeed. Combina diversos factores como o sempre ligado (normal dos telemóveis e dispositivos móveis mais recentes) e o acesso a serviços na cloud como é o caso das diferentes ofertas da Google e a sempre gratificante facilidade de pesquisa.

O Google-Wave é uma outra forma de colaboração que vai permitir juntar email, wikis e conteúdos com capacidade de partilha e de reconstituição da construção comum desses conteúdos.

Pessoalmente defendo que o Google Wave vai marcar uma nova forma de colaboração e integração de conteúdos - entretanto ainda é cedo para saber como se processa a notificação e a integração da atenção dos utilizadores...


2. Localização, localização, localização

Alimentado pela omnipresença do GPS e dos sistemas de localização mais recentes, permite um novo e alargado leque de aplicações que combinam a detecção da presença com o seu cruzamento com conteúdos de proximidade e com serviços de orientação. Desde jogos a aplicações de colaboração, muitas serão as propostas inovadoras para o ano de 2010.

Parece ser ainda uma questão dos operadores e dos custos associados. As redes de 3ª geração podem abrir novas portas para a disseminação do uso e para os custos base dos seerviços de telecomunicações.


3. Realidade aumentada

Esta tecnologia tem prometido sucessivamente ser uma das aplicações centrais nos últimos anos. A tecnologia actual, aliada ao crescente poder de processamento dos dispositivos móveis e ao aumento da largura de banda (a um custo menor) tem permitido acreditar que a realidade aumentada verá novos desenvolvimentos como no caso dos jogos e das consolas portáteis, já em 2010.

Com base no GPS, informação georeferênciada e na disponibilidade de informação e mapas do território como o disponibilizado pelo Google pou Bing, que, em conjugação com a technologia dos dispositivos móveis (como o iPhone), a realidade aumentada permite a sobreposição de dados como o ambiente do utilizador.

Esta é uma das tendências com maior potencial para as empresas. O uso de aplicações que permitam a integração de informação de contexto aumenta a capacidade de intervenção em situações que exigem maior complexidade e riqueza de informação - um claro potencial de aumento de produtividade.


4. Curador de conteúdos

A criação de conteúdos tem ultrapassado largamente a nossa capacidade de os consumir. A questão do excesso da informação está cada vez mais na ordem do dia e afecta um número crescente de utilizadores.

O recurso a meios automáticos para filtrar a informação tem sido o mais comum. No entanto tem limitações e é difícil de personalizar. Neste contexto, a Web social pode ser importante e um auxiliar precioso, bem como uma óptima estratégia para desenvolver um curador pessoal para a informação.

Por outro lado, assiste-se ao aparecimento dos curadores profissionais como especialistas de áreas específicas que proporcionam o acesso e selecção de informação mais relevante e adequada para o contexto de um dado indivíduo. Um conceito semelhante ao do personal trainer na preparação física.


5. Computação Cloud

A computação Cloud foi uma das palavras chave de 2009 e, sem dúvida, continuará o seu desenvolvimento no ano de 2010. A tendência na qual, dados e aplicações deixam de residir nos computadores pessoais e se encontram algures, na Internet, alojados em servidores (a núvem - cloud), torna os dados pessoais acessíveis a partir de qualquer lugar e permite a colaboração entre equipas distribuídas.

O movimento da computação cloud terá novos e grandes desenvolvimentos com o lançamento da versão livre de custos do "Office Web Apps: Word, Excel, PowerPoint e OneNote", em conjunto com a versão Microsoft Office 2010. No próximo ano também será lançado o Google Chrome OS, um sistema operativo centrado na Web, sem custos. Começa a fazer sentido a questão: Quantas aplicações residentes no computador é que são realmente necessárias?

A núvem é também um primeiro e bem sustentado passo para a passagem para a Internet não grátis e para o modelo SaaS - Software as a Service...


6. Filmes e TV na Internet

O ano de 2010 verá a maior parte das TVs a ter uma presença na Internet. A TDT (Televisão Digital Terrestre) alterará também os conteúdos e a sua disponibilidade para o digital e para a interacção. Serviços como Hulu, Boxee, Apple TV e Roku vão tornar-se mais populares e melhorar a sua funcionalidade e base de utilizadores.

Neste caso, temo que a pirataria e os custos associados com este tipo de serviços tem que ser reinventados, pois podem não ser compatíveis com os mercados que emergem no pós-crise - tudos estamos muito mais sensíveis para gastos considerados extras...


7. A nova convergência

Pode parecer contraditório, mas coexiste um forte crescimento de integração de aplicações no digital em dispositivos móveis e, apesar de tudo, um crescimento também forte de gadgets com tarefas específicas: ambos estão a ganhar popularidade e à primeira vista seriam crescimentos que se anulavam...

Sistemas GPS, câmaras vídeo, etc... estão a lutar por se constituírem simultaneamente aplicações ou dispositivos isolados... O autor acrescente ainda que o Kindle desaparecerá (pessoalmente terei bastante pena que esse tipo de dispositivo - e-book reader - não vingue).

Acredito na coexistência de inúmeros gadjects, tanto mais que as baterias e a sua autonomia continuam a constituir um grande desafio e ter tudo num mesmo dispositivo é ter uma drenagem demasiado grande para as baterias... as baterias são um elemento chave para esta equação...


8. Jogos sociais

Um exemplo é o FarmVille no Facebook, que conta actualmente mais utilizadores que o Twitter! Os jogos constituem sempre um excelente mercado e quando cruzados com os media sociais, ainda mais.

É de facto um mercado e este tipo de jogos são muito populares... mas também são um enorme gasto de tempo e de atenção... não muito compatível com o actual estado de actividade exigido aos profissionais neste período do pós-crise...


9. Pagamentos móveis

Eis um outro mercado que já há bastante tempo que está a ser anunciado: o dos pagamentos móveis. Operadores e novas oportunidades estão agora em campo, como é o caso do PayPalX, da Amazon, da integração em serviços como o Square e o facto de aceitarem pagamentos via o iPhone da Apple.

Pagamentos móveis e micro-pagamentos... esta sim é uma das tendências que irá modificar a Internet e tornar esta rapidamente num local de mercado económico bem real... pena que seja mais um dos anúncios do fim da era da Internet tendencialmente sem custos...


10. Abundância de fama, falta de privacidade

Todos teremos direito a alguns minutos de fama (ninguém garante já os tais 15 minutos, mas alguns, todos tema a possibilidade de ter). Em contrapartida, torna-se cada vez mais difícil garantir privacidade e cada indivíduo está sob a pressão e o olhar atento de cada vez mais gente.

Será fácil pensar como um grupo alargado de pessoais de diferentes origens podem em pouco tempo, descobrir sobre algum, por mais discreto que seja, inúmeros dados, histórias e factos relevantes e compor de forma muito rápida e colaborativa, uma descrição de vida dessa pessoa - basta ter a atenção de um grupo alargado de pessoas para "valer" a pena esse esforço colaborativo. É possível esperar uma erosão contínua (e acentuada...) da privacidade do indivíduo em 2010.

Outra tendência fácil de adivinhar e com bastantes consequências sociais e políticas que o ano de 2010 penso que será fértil em mostrar...

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Comments:
De acordo!
 
"4. Curador de conteúdos" ... Desde há umas boas dezenas de anos, este em sido uma função/profissão dos "documentalistas", a.k.a., "special librarians"!
 
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