<$BlogRSDUrl$>

abril 25, 2009

O valor da liberdade 

Confesso que um dos aspectos que mais prezo (palavra ironicamente próxima de preso...) é o valor da liberdade.

Liberdade também é, o poder decidir por vontade própria, tomar posição e ter livre curso de acção. Fazer de acordo com convicções, defender e exprimir o que vai na alma é, em si, profundamente humano e um exercício de grande intelectualidade, só possível em verdadeira liberdade.

Talvez por isso, não o considero de forma expontânea e tonta, acto isolado e individual como muitas vezes (demasiadas vezes...) é invocado e utilizado de forma fútil e indevida.

O valor da liberdade é, ironia das ironias, exercido na plena consciência dos seus próprios limites e só dessa forma consagrado como tal. Pelo respeito da liberdade dos outros, da condição humana e despojado de interesses ou partes que se possam projectar em contextos materiais ou reactivos ao invés da saudável discussão e intervenção no campo das ideias e da plena consciência que estas se tem de traduzir em acções e comportamentos.

Por ventura, é algo de romântico e em sí, algo ingénuo, mas é também uma urgência de recuperação de uma ética republicana, pública e política que separe o exercicio retórico da prática e do ciclo do momento, do interesse instalado ou a instalar, das ideias que se querem para a construção de um futuro, num tempo que possa ser maior que o tempo dos nossos mais directos interesses (para muitos, económicos, para a maioria, mais saudável, familiares).

Além desta dimensão social, pessoalmente o valor da liberdade também começa por ter iniciado o dia a fazer o que tem de ser feito (embora seja feriado) e assegurar que uma dissertação de Mestrado seja concluída e entregue em prazo - não existe liberdade sem trabalho (algo que muitos infelizmente hoje têm como ameaçado ou mesmo não existente).

Estes considerando contribuem para o meu valor da liberdade. Esse é também um legado do 25 de Abril de 1974: o uso da acção individual para promover a liberdade como valor e usufruir dela. Que o sejamos capazes de fazer e não pensemos que se trata de uma conquista eterna que não mais precise de ser defendida.

Etiquetas:


Comments: Enviar um comentário

Powered by Blogger.