junho 16, 2008
Contexto e beleza
Com base numa mensagem de Carlos C. (obrigado).
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Um sujeito entra na estação do metro, vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, na hora de ponta matinal.
Durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os lugares custam entre 100 e 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, telemóvel no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de marca.
Uma outra conclusão é que sem tempo para os próprios, os trabalhadores urbanos do Séc XXI, dificilmente tem tempo para contemplações: dos próprios, dos outros e das coisas belas...
Como diz o artigo o The Washington Post (muito bom e completo!): O que é a beleza? Um facto mensurável (Gottfried Leibniz), ou meramente uma opinião (David Hume), ou um bocado de cada, colorido pelo estado de espírito imediato do observador (Immanuel Kant)?
Kant parece estar mais perto... e as pessoas mais longe do direito de contemplar a beleza (talvez ainda mais importante do que tentar ser feliz.
O vídeo da experiência
http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw
O artigo no The Washington Post
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/04/04/AR2007040401721.html
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Um sujeito entra na estação do metro, vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, na hora de ponta matinal.
Durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os lugares custam entre 100 e 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, telemóvel no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de marca.
Uma outra conclusão é que sem tempo para os próprios, os trabalhadores urbanos do Séc XXI, dificilmente tem tempo para contemplações: dos próprios, dos outros e das coisas belas...
Como diz o artigo o The Washington Post (muito bom e completo!): O que é a beleza? Um facto mensurável (Gottfried Leibniz), ou meramente uma opinião (David Hume), ou um bocado de cada, colorido pelo estado de espírito imediato do observador (Immanuel Kant)?
Kant parece estar mais perto... e as pessoas mais longe do direito de contemplar a beleza (talvez ainda mais importante do que tentar ser feliz.
O vídeo da experiência
http://www.youtube.com/watch?v
O artigo no The Washington Post
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/04/04/AR2007040401721.html
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