maio 08, 2007
Ainda sobre a reforma no ensino superior
Tive a oportunidade de ler num jornal diário de hoje, que o número de doutorados exigido a instituições de ensino superior (penso que apenas a universidades, mas o texto era omisso quanto a isso) é de 1 por cada 150 alunos.
Partindo do pressuposto que esta informação é verdadeira, tal constitui um certo branqueamento da falta de recursos humanos que afecta tanto o ensino superior universitário, quer público, quer privado.
Um instituição com 3000 alunos necessita de 20 doutorados, tendo por base a regra indicada. Tal significa que a minha instituição que possui cerca de 200 doutorados (contabilizando as poucas dezenas que não estão em tempo integral) poderia à partida, ter capacidade para 30000 alunos! (felizmente que a instituição onde exerço a minha actividade possui cerca de 4600 alunos...).
Eis algo de verdadeiramente espantoso.
Aliás, tomando o número de doutorados em Portugal, estimado em cerca de 10000, tal permitia cobrir uma população estudantil de um milhão e quinhentos mil alunos - um verdadeiro milagre dos números, não é?
Os rácios europeus e mundiais apontam para valores que variam, nos casos de maior excelência (e naturalmente, de maior custo para os alunos) de 1 para 10; e, mais normalmente, de 1 doutorado para cada 25 alunos. Comparado com o valor de 1 para 150, algo nos diz que a grande maioria das instituições consegue cumprir este critério. Pelo menos as públicas.
1 doutorado para cada 150 alunos, parece ser mais um critério de excelência a aplicar ao ensino secundário. Aí sim, talvez com uma estratégia de médio/longo prazo acredito que, para os meus netos, uma escola do ensino secundário com 900 a 1000 alunos, possa ter nos seus quadros uns seis a oito professores doutorados a que correspondem os agora tão falados Professores Titulares.
É por estas e por outras, que entre o plano das ideias (bem colocadas e organizadas em forma de lei) e a sua regulamentação, se estabelece muitas vezes um compromisso que dilui a verdadeira bondade da lei.
Deste modo, é com ainda maior expectativa que aguardo a acção do MCES e a confirmação destes valores que podem eventualmente dizer que as instituições de ensino superior (e o país...) afinal não precisa de mais doutorados...
Partindo do pressuposto que esta informação é verdadeira, tal constitui um certo branqueamento da falta de recursos humanos que afecta tanto o ensino superior universitário, quer público, quer privado.
Um instituição com 3000 alunos necessita de 20 doutorados, tendo por base a regra indicada. Tal significa que a minha instituição que possui cerca de 200 doutorados (contabilizando as poucas dezenas que não estão em tempo integral) poderia à partida, ter capacidade para 30000 alunos! (felizmente que a instituição onde exerço a minha actividade possui cerca de 4600 alunos...).
Eis algo de verdadeiramente espantoso.
Aliás, tomando o número de doutorados em Portugal, estimado em cerca de 10000, tal permitia cobrir uma população estudantil de um milhão e quinhentos mil alunos - um verdadeiro milagre dos números, não é?
Os rácios europeus e mundiais apontam para valores que variam, nos casos de maior excelência (e naturalmente, de maior custo para os alunos) de 1 para 10; e, mais normalmente, de 1 doutorado para cada 25 alunos. Comparado com o valor de 1 para 150, algo nos diz que a grande maioria das instituições consegue cumprir este critério. Pelo menos as públicas.
1 doutorado para cada 150 alunos, parece ser mais um critério de excelência a aplicar ao ensino secundário. Aí sim, talvez com uma estratégia de médio/longo prazo acredito que, para os meus netos, uma escola do ensino secundário com 900 a 1000 alunos, possa ter nos seus quadros uns seis a oito professores doutorados a que correspondem os agora tão falados Professores Titulares.
É por estas e por outras, que entre o plano das ideias (bem colocadas e organizadas em forma de lei) e a sua regulamentação, se estabelece muitas vezes um compromisso que dilui a verdadeira bondade da lei.
Deste modo, é com ainda maior expectativa que aguardo a acção do MCES e a confirmação destes valores que podem eventualmente dizer que as instituições de ensino superior (e o país...) afinal não precisa de mais doutorados...
Etiquetas: Comentários, ensino superior
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