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fevereiro 12, 2007

Representar com dignidade 

Na semana passada, tive a oportunidade de testemunhar uma cerimónia pública local.
Confesso que o que assisti me encheu de tristeza. De algum modo, defensor do território e da capacidade de um local se afirmar pela capacidade das suas pessoas, testemunhei o que não penso ser digno.

Essa cerimónia pública local serviu para selar um acordo no âmbito de duas instituições que de modo livre se entenderam associar. Por uma delas ser tutelada por um organismo do estado representado localmente por uma estrutura de apreciável (dimensão e responsabilidade) do, foi convidado o seu mais alto signatário.

Por razões de agenda, fez-se representar por um seu vice, como substituto. Até aqui tudo bem. É mesmo bom sinal que exista actividade que justifique a ocupação e a existência de um vice. Estavam quatro pessoas que usaram da palavra - uma de cada uma das instituições e o presidente da Junta de Freguesia: todos eles cumpriram o seu papel com maior ou menor brilhantismo, mas com absoluta dignidade, honrando a sua qualidade de representantes. Em nome do estado e de um dos seus organismos de tutela, o representante foi o primeiro a falar e foi assim o seu discurso:
- começou por se desculpar...
- disse que o director não veio por compromissos de agenda e desculpou-se novamente...
- disse igualmente que ele próprio e o director não tiveram tempo de trocar informação sobre o evento...
- disse que não sabia dessa forma o que estava em causa e... naturalmente, se desculpou...
- disse afinal muito pouco sobre o que as instituições daquele tipo podiam fazer em conjunto e parecia mesmo não saber quais eram...
- sorriu nervoso e deslocado e era afinal a primeira representante no protocolo...

enfim, enfim, enfim... verdadeiramente incrível!

nada articulado, sem dom da palavra ou de presença. Sem estudo ou qualquer tipo de preparação. Sem presença e incomodado pelo discurso dos demais que viram na pessoa, certamente, uma das doenças do nosso estado. Pessoas erradas em lugares certos.

Nem o facto de se tratarem de lugares de confiança política ou técnica justifica tão sofrida prestação. Desta forma ninguém pode acreditar e eu, sinceramente, fiquei com a tristeza de concordar com a falta de dimensão deste meu Porto, preso de um serôdio e incompetente deixar andar que nos imobiliza em sectores cada vez mais cruciais, hipotecando não só o futuro de quem é medíocre, mas de todos os outros que habitando o território se tornaram suas vítimas.

Não posso assim calar um grito de revolta.

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Comments:
Bom dia, antes de mais peço desculpa por estar a invadir o seu espaço.

Neste momento ando em fase de pesquisa de informação para a realizaçao do meu seminario o que me levou primeiramente à sua pagina na UFP e em seguida aqui.

Eu escolhi para tema principal do meu seminario o impacto das novas tecnologias no turismo (o meu curso é Turismo na ESEC),se bem que para mim ainda acho este tema demasiado vago, no entanto encontrei muita informaçao interessante, e que me esta ajudar muitissimo, tanto no seu blog como na pagina da universade, mas na realidade estou a escrever este longuissimo comentario para que me pudesse apontar mais locais de informaçao a respeito do meu tema, isto claro se tiver disponibilidade para tal.

Agradeceria-lhe imenso.

Carolina Morgado - cnmorgado@esec.pt
 
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