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janeiro 02, 2007

Freguesias e paróquias 

Num artigo recente, li que a Igreja se preparava para reorganizar a sua estrutura local, rearranjando as paróquias por via da fusão ou agrupamento daquelas que possuem menos pessoas ou uma área geográfica de menor dimensão.

A causa era a falta de padres para celebrar a missa em cada uma das paróquias, bem como manter a actividade inerente ao dia a dia da paróquia e que vai muito para além das próprias missas. A falta de vocações bem como uma progressiva e elevada diminuição de padres porque pura e simplesmente, os novos não surgem e os mais velhos vão ficando mais velhos ainda, leva a que a reorganização de paróquias seja uma necessidade.

Esta mudança, numa instituição tão secular como a Igreja, é demonstradora dos sinais dos tempos e da necessidade de se mexer também na organização política-administrativa do país, muito dela criada à imagem das mesmas paróquias - as freguesias.

Neste caso, o problema não são os quadros para as juntas de freguesia (embora num grande número o pareçam ser por via das qualificações de quem os exerce), mas sim as condições completamente assimétricas nos critérios que as justificam quer em número de população que servem, quer em território que cobrem ou mesmo em interesses económicos e em identidade social.

Tal como a Igreja tem de repensar as suas paróquias, também o Estado terá que em breve repensar as Juntas de Freguesia. Tal seria um sinal de modernidade e de verdadeiro interesse em garantir um país mais justo e equilibrado no que concerne à proximidade dos cidadãos e ao uso que faz dos impostos que estes pagam.

Será para breve? Pessoalmente, duvido!

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