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fevereiro 10, 2005

A escrita do pensamento  

A escrita do pensamento: estes exercícios são bons como catarse, mas podem ser nefastos para a carreira. É como falar alto na praça pública. Por vezes temos razão, mas como os tolos que falam aos quatro ventos, raramente poderemos ser ouvidos.

A cultura do bom conversador é promover o dom das conversas privadas. No fundo aquelas que da nossa parte mais potencial tem para influenciar. E, quem tem opinião e coragem de a dizer, pode e deve influenciar. No entanto, são precisos actos de coragem, gritos de vozes que não acalmam, que não estão comprometidos e não comprometem. É que urge fazer a mudança silenciosa, aquela que não surge de rupturas mas da evolução das mentalidades.

Em especial, eu gosto da mudança positiva. Aquela que vive do sal do passado e imprime o futuro. Não propriamente daquela que somos muitas vezes tentados a utilizar e que está clamente associada ao vinagre do passado.

Dizer mal, ver vencedores e vencidos tem sido a prática dos media e também o seu pecado. Existe a necessidade de cultivar a pessoa, a ideia e de o fazer com convicção e com alma qe não seja pequena. A nossa (Portuguesa) herança cultural assim o exige. Cultivemos as pessoas, celebremos o bom que é feito e façamos, por uma vez, um exercício de cidadania.

Carissimos, façamos a nossa parte do tal cumprir Portugal!

(publicado anteriormente em Setembro de 2003, num BLOG de um amigo)

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