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novembro 25, 2004

Computadores são ilhas de informação 

Como a evolução altera cenários...

O incremento e popularização de computadores associados a todos os tipos de actividades, organizações e usos, quer domésticos, quer profissionais, vem trazer uma nova realidade que urge acautelar.

Os computadores não são um fim em sí, mas um meio de manipular informação de forma a conseguir decidir e agir com maior eficácia. Desta forma, o transporte e integração de peças de informação conduz a maior ou menor esforço, maior ou menor eficência e, desta forma, tem impacte na eficácia e no resolver os problemas a que se propõe.

Assim, um computador por si só é uma ilha de informação. Imagine-se cada ser humano "viver" em várias ilhas... o esforço e perdas associadas com as necessidades de lidar com informação dispersa exige outra forma de interagir com os computadores.

As redes são a resposta actual a essa promessa. São no entanto insuficientes na medida em que nos propõe apenas um meio de "viagem" entre ilhas, sendo o esforço a tomar semelhante, embora menor, e claro, com o potencial de integração por via de aplicações e serviços de que a Internet é talvez o maior dos paradigmas.

Cada vez mais, a tendência é o deslocar a operação de cada computador como ente isolado, para o computador como parte de uma entidade maior, composta por computadores e redes.

Imagine-se as implicações desta transformação, qual o impacto para as questões de segurança, privacidade e conceitos de conectividade e funcionalidades associadas. E porque não estender este conceito a todos os equipamentos de base digital e não só aos computadores - que maravilhoso Big Brother, no que este tem de potencialidades e perigos!

De qualquer forma, um dos corrolários actuais é que computadores isolados são zonas problemáticas, na medida que a sua existência é tão ou mais causadora de entropias, que a simples não existência do computador. É que os computadores são ilhas de informação e tal implica o risco de perda ou dissipação da informação, fito último da própria existência do computador.


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