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maio 10, 2004

A lealdade como instrumento de cidadania 

O elogio da amizade nunca deixou de ser um tema caro a todos aqueles que já a experimentaram.
É lugar comum conceder esse real privilégio a duas, três quatro seres humanos com os quais nenhuma outra ligação de sangue ou de interesse nos une.

Ter dúzias de amigos é mais o resultado da juventude ou do momento que o tempo (esse purificador nato) logo se encarrega de corrigir.
O curioso é que a amizade tem paralelo nas relações de trabalho: a lealdade.

Esta estirpe rara de nobreza que garante que embora haja se calhar muitos motivos para não o ser, se é. A lealdade desenvolve-se, não se impõe, nem muito menos se compra.
É fácil de aceitar mas dificil de se reconhecer.

É que a lealdade é bem mais do que estar com o outro ou seguir cegamente as ordens deste.
A lealdade é acima de tudo uma amizade profissional e militante, que defende a coerência e a exige. Que procura a melhor situação e o ponto de vista o mais informado possível e que coloca toda a energia na defesa de interesses comuns.

Desta forma, desenvolver interesses comuns, objectivos conjuntos e partilhar uma visão parecem ser ontem e hoje, optimas formas de garantir um bom ambiente de trabalho e um melhor desempenho.

A justiça está em reconhecer essa lealdade e em a valorizar, pois a médio e longo prazo será o que permanece, principalmente nas relações profissionais.
Tenho dito!

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